[RP FECHADA] Uma nova ameaça (1740)

Hyuga de Câncer e Argeu de Capricórnio, dois companheiros de longa data foram enviados até as terras frias de Asgard pelo Grande Mestre do Santuário para garantir o acordo de paz entre os dois reinos selado há muitos anos.

A RP se passa no ano 1740, há três anos do período atual da trama e acontecimentos reveladores esperam pelos santos de ouro.

 

Finalmente desembarcavam nas terras frias de Asgard. Trajando a sagrada armadura de ouro de câncer, “Manigold” estalava seu pescoço e alongava seus braços olhando com desprezo para toda aquela aglomeração de pessoas cobertas até os olhos com mantos e couro para se aquecerem no lugar coberto por gelo e neve.


- Ôh terrinha desgraçada! Não sei por que o velhote insiste em manter nosso acordo, ele nitidamente só nos dá prejuízos... Não acha? – Virava o pescoço em direção a seu companheiro de missão. Embora muito diferente um do outro, Argeu e Hyuga eram bons amigos e companheiros de longa data.

Ambos haviam sido enviados em nome do Santuário de Athena para falarem com Hilda ( governante do reino e representante de Odin na terra) sobre o trato feito outrora e também saber se os moradores da região precisavam de algum auxílio dos gregos.  Preguiçoso, Hyuga odiava o fato de ter que se deslocar por tanto tempo para tratar apenas de burocracia.


- Tsc... Aeh, aquele velho deve estar ficando gagá, não havia necessidade de enviar dois cavaleiros de ouro para tratar de um assunto tão insignificante! – Começou a caminhar alguns passos á frente de seu companheiro. Aquelas duas figuras distintas eram os homens de confiança do Grande Mestre, não atoa era mestre de ambos, talvez isso explicasse o fato de alguém como o canceriano ser considerado “homem de confiança”.


- Vamos logo, não quero ficar um segundo a mais que o necessário nesse lugar. – Nesse momento esfregava as mãos como quem tentava mantê-las aquecidas.

“ Acho que devia ter trazido algo para me aquecer...Frio dos infernos!”

 

Depois de algum tempo se recuperando, era a primeira vez que Argeu se deslocava do santuário. Aquelas terras traziam-no algumas recordações, neutras, nem más, nem boas.



- Você, como sempre, só reclama! Se Netero nos enviou aqui é porque sabe o que está fazendo - Dirigiu-se para seu companheiro, Hyuga de Câncer. Argeu era mais "adestrado" do que Hyuga, e mais sério também, por consequência, formavam uma dupla bem interessante.

Acordos diplomáticos, tratados de paz, convenções. Qualquer coisa burocrática e "chata", nas palavras de Hyuga, era bem obvio que Argeu estaria envolvido, pois quando o assunto era algo que demonstrava mais responsabilidade, Argeu era, sem duvidas, o mais indicado do santuário, claro, depois do Grande Mestre.



"Odin...como será que está? Da ultima vez que nos vimos tivemos uma boa luta" - Lembrava ele de suas épocas douradas, nos tempos em que a guerra era mais bem quista que a paz. Estava realmente bem frio, mas fazia parte do treinamento de um cavaleiro suportar diversas modificações e ambientes climalíticos. Um ar gélido, que saia de sua boca, formava a imagem distorcida de uma pequena lagartixa. Pensou em sua infantilidade por fazer tal associação.




- Espero saber para onde está indo, se nos perdermos novamente, pode ter certeza que nenhuma reclamação será exacerbada...claro, se souber o que significa isso - Dizia o capricorniano em referencia ao fato de Hyuga ter se destacado na frente. Argeu adorava "ferroar" seu parceiro, que por sinal possuía um pavio curto demais.

 

A caminhada mal havia começado e Argeu já havia se mostrado o pé no saco de sempre. Nem mesmo alguns anos fora do santuário o fez mudar aquela forma “certinha” de agir que tanto irritava o canceriano.


- Sério? Acha mesmo que eu não consigo encontrar o palácio Valhalla? Tsc... Idiota. - Respondia já incomodado com a piadinha de Argeu e sim, claro que ele não sabia o significado daquela palavra.

Seguiu caminhando por entre os moradores, eles chamavam a atenção por trajarem armaduras de ouro e isso causou certo espanto nos nativos e como  Hyuga  adorava aqueles olhares receosos e cabisbaixos.


“ Tem algo estranho aqui... essa sensação...” – Sentia algo diferente nas terras frias. A sensibilidade que possuía por sua aproximação com os espíritos por vezes causavam sensações estranhas e sempre que as sentia algo inesperado ocorria.


- Fique perto de mim gatinho assustado, seu tempo aposentado pode ter te enferrujado e eu não quero ter um peso morto nessa missão.  – À medida que se aproximavam do palácio a sensação só aumentava o estranho era que nenhum cosmo diferente ou agressivo era sentido.


“ Porque eu não paro de desconfiar que estamos indo direto para uma armadilha... Seja como for, talvez eu chute alguns traseiros! Aquele velho maldito nunca erra...” - O vento frio seguia castigando seus corpos,  seus olhos antes despreocupados agora observavam atentamente tudo á sua volta, por mais estúpido e insuportável que fosse, algo que definitivamente não era é ingênuo,  outro alguém talvez não teria notado que muito além do respeito pelos santos de ouro, o que os moradores sentiam era medo de que alguém os visse interagindo com os guerreiros de Athena, algo que deveria ser comum já que eram aliados... ou pelo menos deveriam ser.

 

Hyuga, como de praxe, fugia capiosamente das "brincadeiras" de Argeu, mesmo assim ele não desistia, tinha que se vingar da vergonha que Hyuga o fez passar em uma "casa de massagem" no auge de sua juventude.

Caminhavam e o frio parecia só aumentar. Argeu percebeu que os moradores não os tratavam como bem vindos, geralmente as crianças ficam bem ouriçadas com a presença de Cavaleiros de Ouro. Olhou para Hyuga e, depois de anos de amizade, percebia com exatidão quando algo não estava ocorrendo bem com seu parceiro.

- Acalme-se, confie em Netero, ele jamais vacilou com a gente e caso as coisas desandem, posso usar você como bode expiatório e fugir, dando como uma baixa importante - Brincava Argeu como forma de mitigar a tensão que rolava naquele ambiente. Ele mesmo começava a ficar bem intranquilo, mas sua parte externa pouco revelava - Idiota...precisamos ser exemplo para essa nova geração, aquele de leão e aquele menino bonitinho, são prodígios e ficaram mais fortes que você.

Caminhando mais para frente, avistaram de longe o Palácio, lindo, esbelto, uma verdadeira obra medieval. Revela com proeza o espirito do povo Asgardiano, diga-se de passagem, o mais forte que já passou por esse planeta.

No mesmo instante que Argeu percebeu a maior demonstração de perigo de Hyuga, ele sentiu uma fagulha em seu corpo. Um especie de pontada, o que o fez cair de joelhos ao chão. No entanto, logo levantou, antes que o canceriáno oferecesse alguma espécie de ajuda.



- Estou bem, não foi nada, vamos prosseguir, mas acho que tem alguém vindo...ou melhor, "alguns" - Falava ele diante de uma possível pergunta de Hyuga, não queria demonstrar, mas ainda não estava em seu máximo. Impossível sair de uma batalha com um deus sem sequelas, e as suas eram bem preocupantes.

- Cavaleiros de Athena, o que trouxe vocês aqui? Acho que a presença de honoráveis cavaleiros não é tão desejada



A voz penetrante e serena de Hilda era imponente.Argeu fitava um dos Guerreiros Deuses, que vestia a armadura de Dubhe, conhecido como o mais forte que estava ao lado da representante de Odin, ele o fazia lembrar dele...



- Senhorita, viemos retratar sobre nosso acordo de paz, O Grande Mestre nos enviou - Falava Argeu enquanto observava o homem que vestia a armadura de Dubhe. Seus olhos não desgrudavam.



"Hyuga, fique atento!" - Pensava fortemente com a esperança que seu amigo pudesse, talvez, ouvir.

 

- Mais fortes do que eu? Fala sério! É você quem está todo acabado ai! Eu ainda limpo a bunda com o leão e esfrego o chão com a florzinha! – Respondeu. Sabia que eles eram o exemplo para a nova geração, o problema era que ele ainda não se importava o suficiente com isso para mudar sua postura.


“Hm...”- Olhou para Argeu que acabara de se ajoelhar sentindo algo. “Droga Argeu! O que fizeram com você?! Não ouse morrer aqui, seu idiota!” – Fingiu não ouvir as palavras do capricorniano sobre o acontecido, era como se nem tivesse o visto cair.  

Ao avistarem a formosura do palácio Valhalla, eis que montada em um belo cavalo branco coberto por pedras preciosas e rodeada pelos guerreiros deuses surge Hilda saudando os cavaleiros com boas vindas “calorosas”.


- Exato, estamos há muito tempo sem algum sinal da situação de Asgard e com todo respeito... Não acho que as coisas estejam bem o suficiente á ponto de desdenharem de um acordo que há pouco tempo atrás fora tão útil para vocês! – Complementava as palavras de Argeu com seu tradicional sorriso sádico no rosto, ele não poderia deixar de alfinetar ainda que sutilmente a falta de gratidão do povo asgardiano.

“ Porque não nos receberam no palácio? Isso certamente é uma armadilha!” – Olhou para Argeu  brevemente antes de voltar seus olhos para a representante de Odin. “Espero que esteja realmente bem seu idiota estúpido eu não vou voltar sozinho para o santuário!” – Jamais se permitiria transparecer o medo de estar encurralado, então antes mesmo de qualquer ameaça maior, elevou suavemente seu cosmo fazendo uma áurea em tom ciano contornar seu corpo.


“ Podem vir, seus bostinhas!” –  Aquele maldito sorriso fixado em seu rosto parecia ainda maior quando estava em situações de desespero. Seguiu olhando diretamente nos olhos de Hilda sem demonstrar sensação alguma de inferioridade.

 

Tudo ali parecia muito estranho...na verdade, estava muito estranho.



- Estamos muito bem, cavaleiro, não precisamos mais da ajuda de Athena, agora que nossos guerreiros estão completos, mesmo com a ausência de Odin, parte disso culpa de vocês, nossas forças se recuperaram e novos ventos sopram no horizonte.

Realmente estavam bem, todos os robes trajados por guerreiros que pareciam muito fortes9. Antes, a situação de Asgard não era nada boa, depois da ultima guerra, muitos guerreiros asgardianos foram mortos, Odin se foi e o orgulho do povo se foi junto. Aliado a uma terrivel fome que assolou as terras gélidas, Asgard foi, notavelmente, a falência.

No entanto, estavam renascendo novamente, ao contrário do Santuário, que passava por um renovação. Muitos dos cavaleiros antigos morreram e novos foram treinados ou estão em treinamento. Será que estariam prontos para um ataque?



- Realmente nossa posição não é uma das melhores... na verdade o mundo todo está assim, em reconstrução, o que espanta o fato de Asgard ter crescido tão de repente - Dizia Argeu em contestação. Realmente era muito estranho, porque todos os reinos estavam em fase de reconstrução e , sem ajuda externa, não era possível ter um retorno tão "facil" assim e, diga-se de passagem, que ajuda.



- Chega de conversa, agora temos um novo acordo... Nós mandamos, vocês obedecem e, para começar, vamos matar os dois cavaleiros mais fortes do santuário.

Começava uma terrível batalha, sete contra dois, justo não?


A princípio, quatro guerreiros apenas foram diante dos cavaleiros, respectivamente, Phecda, Alioth, Merak e Mizar. Todos cercaram os cavaleiros. Apareceram numa velocidade absurda.



- Hyuga, já passamos por bucados. Lembra da luta contra aquele escorpião negro? E quando aquele monstro de Bennu invadiu o santuário? - Falava Argeu enquanto olhava para todos os inimigos - Então...acho que dessa vez não sairemos vivos, mas quero que seja a nossa melhor luta - Dizia em um tom bem frio e áspero, mas com um pouco de humor. Aquele ocasião era muito complicado. Lutar contra sete guerreiros deuses, que possuíam força comparada a um cavaleiro de ouro, não era nada fácil, na verdade era IMPOSSÍVEL.

"Não posso deixar que eles ameacem o futuro dos cavaleiros de Athena! Eu acredito nessa nova geração, Leão, Peixes e, especialmente, aquela criança de cabelos azuis. Devo proteger o futuro, a juventude que protegerá essa terra" - Pensava Argeu enquanto preparavam-se para a luta.

A decisão de ficar e lutar poderia parecer precipitada, mas Argeu analisou as opções rapidamente. Aqueles cavaleiros eram muito fortes e se invadissem o santuário poderia ser o fim da nova geração que ainda estava em treinamento ou foram promovidos recentemente. Nas melhores das hipóteses, poderiam ganhar e conter uma invasão, porém a que preço? Deixar o reino mais fraco e abrir mal de "braços" assim era muito difícil, pois da mesma forma que Athena vem reconstruindo-se, Hades e Poseidon também não perderiam tempo. Um atraso poderia ser crucial para determinar a mudança de uma era. A melhor decisão era ficar e lutar e tentar conter as forças de Asgard em solo Asgardiano para evitar os mínimos danos.

 

A situação se tornava ainda mais crítica, Argeu e Hilda prosseguiam com um diálogo que nitidamente se encaminharia para uma sangrenta e inevitável batalha e assim foi feito. Após o anuncio de que os mataria com um sinal de Hilda quatro dos guerreiros deuses partiam em extrema velocidade e cercavam os dois santos de Athena.


-Tsc... Não seja estúpido! Eu já disse que não vou levar ninguém morto para o santuário! Se você pretende lutar para morrer afaste-se e me veja brilhar! Comparado á Ermac e os outros, estes sete não são nada!  - Dizia com um tom de voz firme e ainda queimando seu cosmo, desta vez de forma mais agressiva.


“Maldição! Como fomos cair nessa armadilha, analisando nossa situação atual... Acho que este será o ultimo ato do Executor Manigold...” – Não esperaria para sofrer o primeiro golpe, logo desferiu uma rajada cósmica contra o gigante trajando o robe de Phecda fazendo-o dar alguns passos para trás, simultaneamente, desviou de um lobo que misteriosamente surgiu o atacando e quando deu por si já estava rodeado por cinco destes lobos.


- Qual é? Pretendem mesmo me deter com esse bando de vira-latas? Vocês guerreiros deuses não se comparam á nós cavaleiros de Athena! Pagarão com a vida por esse ato de rebeldia vou enviá-los para o INFERNO! – Bradava com um tom sarcástico na voz.


- Você fala demais para um cadáver ambulante! - Respondia Alioth.


“Não posso permitir que Argeu lute sozinho contra aqueles dois... Em seu estado atual seria suicídio... DROGA! Você não pode morrer, o mestre precisa de você para sucedê-lo e guiar a nova geração!” – Olhou brevemente por sobre os ombros para Argeu, mas logo voltou sua atenção para os lobos que rosnavam o cercando. Mais á frente, Phecda e Alioth se faziam de pé esperando seu movimento.

Sabia que dificilmente escaparia dali com vida, contudo de forma alguma poderia permitir que seu companheiro caísse naquele lugar. Seu mestre não merecia ter os dois a quem ele confiou seu legado serem derrotados o abandonando na reconstrução do reino.

 

A situação estava bem complicada. Argeu estava cercado pelos guerreiros de Merak e Mizar. Seus cosmos eram bem fortes e seria praticamente uma missão suicida.

"Não estamos na melhor situação, mas não temos escolhas. Chegamos numa dialética: Morrer sozinhos ou levar o máximo de guerreiros possível?" - A resposta para Argeu era bem óbvia.



- Vocês não podem conosco, Dubhe nem vai precisar mostrar seu poder...aliás, ele sozinho derrotaria os dois.


Capricórnio olhava para Hilda que estava ao lado de seu mais fiel soldado. Ele parecia realmente imponente, um rosto tanto quanto familiar, porém as memórias de Argeu não eram tão claras.




- Vamos acabar logo com isso...

Os dois Guerreiros Deuses investiram contra Argeu, Mizar com sua garras tentavam perfurar seu peito e, num movimento coordenado, Merak aparecia do alto com um chute.No entanto, num movimento rapido, o cavaleiro de ouro segurou o pulso de Mizar bem forte, o que lhe causou espanto e, num giro, arremessou-o contra seu parceiro.

Hyuga também estava em apuros, mas Argeu sabia que ele era bem forte e, na pior das hipóteses, ele levaria os dois para seu "terreninho".



- Vão precisar de mais para derrotar esses dois cavaleiros de ouro -  Levantou sua mão direita como se um guerreiro afia-se sua espada. Sua imagem parecia enorme, seu cosmo transbordava. Uma onda de cosmo acabou arranhando os rostos dos seus oponentes.



- Hyuga - Entoou - Não se preocupe comigo, estou bem! -. Sorriu para Hyuga, queria que ele relaxasse diante daquela situação, pois ele não iria dar seu melhor se tivesse preocupado com Argeu.. Estava pronto para usar novamente seu verdadeiro poder.

 

Aparentemente seu companheiro havia de fato despertado para batalha e aquilo verdadeiramente causava certo alívio no santo guardião da quarta casa do santuário, logo suas suspeitas foram confirmadas através das palavras de Argeu, seu cosmo afiado como sempre também lhe dava essa garantia, agora Hyuga podia simplesmente se focar nos dois guerreiros deuses á sua frente.


- Hehe... – Sorriu ao ouvir seu companheiro. Rapidamente elevou seu cosmo trazendo um odor semelhante ao cheiro dos mortos ao local junto de uma neblina.





-... Bom, eu até gostaria de me divertir com vocês, mas ainda restam outros três vermes e uma mal agradecida para eu chutar o traseiro, então se me permitem... –Hyuga então com braço direito erguido na altura de seu rosto estalou seus dedos e ao som do estalo as almas dos lobos que o cercavam abandonavam seus corpos os fazendo cair sem vida no solo coberto de neve e logo se concentravam ao redor da mão do canceriano antes de serem consumidas por uma espécie de micro portal azul criado sobre seu dedo indicador.


- Podem vir seus merdas! - Explodiu seu cosmo fazendo com que uma luz intensa azul clara emanasse de seu corpo.


- Não pense que nos impressionou só porque se livrou destes lobos, eu mesmo vou esmagar seu crânio, maldito cavaleiro de Athena! MARTELO MJOLLNIR – Exclamava o gigante de Phecda antes de arremessar contra o santo seus dois machados em alta velocidade. O poder da técnica era tão intenso que, por girarem em alta velocidade, criavam dois tornados que seguiam avançando contra Hyuga.


O canceriano experimentado em batalha, ao observar que apesar de violenta a técnica de seu adversário era simples e mantinha sempre uma linha reta de ataque, correu contra os machados e ao se aproximar dos dois tornados, simplesmente desvencilhou seu corpo passando no espaço entre os dois e surgindo em extrema velocidade na frente de Thor, ele então concentrou seu cosmo em um poderoso chute em diagonal dado na altura da cintura do gigante que  através do impacto foi violentamente arremessado contra uma enorme rocha coberta de neve causando um gigantesco buraco no centro da mesma.


- Morra! – Foi o que pôde ouvir ao notar que Fenrir (muito mais veloz que seu companheiro) partia em sua direção tentando atingi-lo com as garras de sua robe divina.

Hyuga então com um movimento rápido e sucinto desviou das garras inclinando sua cabeça para o lado e quando o punho de seu adversário passou por sobre seu ombro esquerdo, agarrou firme e com um forte giro em torno de seu eixo o arremessou contra o corpo de Thor.


- Hey Hilda, quando é que os três vão vir brincar? Estes aqui não conseguem me divertir! – Dizia observando os outros guerreiros deuses ao lado de sua líder, pelo cosmo sentido estava nítido que aqueles eram seus mais poderosos guerreiros. Hyuga inclusive mantinha atenção no jovem de cabelos rosa trajando o robe de Megrez, seu cosmo e postura intrigavam o canceriano, parecia ser um bom desafio.

Enquanto isso, aos poucos Thor e Fenrir iam se levantando e recompondo furiosos pelo desprezo de Hyuga de Câncer que parecia sequer se importar com os dois dando as costas para ambos, quase que implorando para receber um ataque em conjunto pelas costas.

“ Estes dois não serão problemas, tenho que acabar logo com isso sem revelar meus poderes! Aqueles três sim são o verdadeiro desafio...” – Estava atento na movimentação de seus inimigos apesar de seu olhar estar focado nos três guerreiros fora do combate, além de uma preocupação genuína, era também uma forma de provocar seus atuais oponentes.

 

Era um prazer para Argeu ver seu companheiro lutar. Era nostálgico!

Aqueles adversários pareciam bem inexperientes, eram guerreiros novos e, mesmo em dupla, não poderiam derrotar os dois, mas talvez essa nem fosse a intenção.

"Certamente, aqueles parados são os mais fortes, esses aqui são apenas para testar-nos, avaliar nossa performance, mas logo agirão" - Pensava Argeu enquanto os dois guerreiros, Merak e Mizar, levantavam-se e limpavam a neve de seus rostos. Não demorou muito para confirmar sua teoria, porém sua postura foi determinante.



- Voçês quatro não possuem nenhuma chance contra nós, cavaleiros de ouro, então - Olhou para Hilda - Mande esses cavaleiros lutarem conosco! - Sua atitude pareceu ser bem heróica, mas na verdade era necessária. Ficar gastando energia com esses guerreiros poderia deixar a luta contra os outros mais dificil.



- Ora, estão tão certos de suas forças? Atenderei vosso pedido...Merak, Mizar Alioth e Phecda, venham aqui e observem os veteranos, será uma boa lição de casa, Mime, Alberich e...Thorio, podem mostrar aos soldados de Athena a verdadeira força de Asgard!

Nesse instante os olhos de Argeu se arregalaram, ele sabia que conhecia Dubhe de algum lugar, era Thorio, o lendário cavaleiro de Dubhe que nunca foi visto e que todos pensavam que era uma lenda.

- Thorio, você invadiu o santuário naquela época, viu tudo de longe e não fez nada! - Argeu indagava as antigas atitudes de Thorio, pois toda aquela guerra fora muito estranha e, talvez, ele pudesse saber de algo.

Os cavaleiros se moveram sem dizer uma palavra enquanto os outros quatro recuavam para perto de HIlda. Elevando seus cosmos, era fato de se perceber que eram diferentes, a neve derretia sob seus pés.



- Hyuga, deixe esse tal..."Thorio" comigo, pegue os outros dois - Dizia Argeu enquanto emana seu cosmo, sua constelação brilhava no céu de Asgard. Argeu estava no seu máximo.


"Agora a luta vai começar de verdade" - Pensava enquanto já afiava o cosmo em seus braços, certamente, era o retorno da Excalibur.




- TOME ISSO...EXCALIBUUUUUUURRRR! - Uma lâmina dourada distanciava de seu braço direito em um movimento horizontal. Devastava tudo pelo caminho e, na direção de Thorio, parecia seu precoce fim. Por um segundo, os quatro cavaleiros, outrora afastados, sentiram uma insegurança. No entanto, todo o clima mudou quando, apenas com um tapa, o golpe do cavaleiro de capricórnio foi totalmente dissipado.

Argeu ficou atônito e um silencio virou a nova canção do campo de batalha.



- Hum!

 

Finalmente a derradeira batalha se iniciaria, Hilda e Argeu pareciam travar um duelo de estratégias, seu irmão de batalha sabia que não devia prolongar aquele embate inútil, já a representante de Odin na terra percebeu que os quatro guerreiros deuses em batalha não seriam capazes de levar os santos de ouro á seu limite.

Eis que então Thorio, Mime e Alberich entram no embate. O primeiro parte em direção do cavaleiro de capricórnio e logo iniciam sua batalha, já os outros dois ambos com uma postura fina e elegante fitavam Hyuga com um olhar de superioridade.


- Mime e Alberich... É, acho que vocês sim vão ser capazes de me divertir! – O largo sorriso brotou em seu rosto, é incrível como situações desesperadoras causam reações inusitadas ao canceriano.


“Droga! Esse cosmo... eu não tenho chance contra esses dois! Preciso ganhar tempo o suficiente até encontrar uma estratégia para partirmos daqui com vida... Malditos sejam Hilda e os guerreiros deuses!” – Mal pôde perceber e quando deu por si o campo de batalha havia sido tomado por uma melodia serena e tranqüilizante capaz de acalmar seu coração ao ponto de fazê-lo por um breve momento esquecer-se do embate.




- Essa musica é... Ela é linda! – Neste instante não estava mais nas terras frias de Asgard e sim em um vilarejo na Itália, não era um cavaleiro de ouro, apenas um aspirante que havia partido em missão com seu mestre... Sim, aquele dia havia voltado.


- Hyuga, como você cresceu! Que bom que você conseguiu ir até o santuário para se tornar um cavaleiro, fico feliz que tenha mudado de vida! – Dizia a doce menina de aproximadamente doze anos de idade.


- Aghatia,isso não é possível! Eu vi Aghatia... Eu... Eu a vi morrer. – Estava espantado, não conseguia entender como aquilo era possível, mas seu coração foi coberto por um conforto como há muito não era, por um milagre os deuses haviam permitido que Agathia obtivesse uma segunda chance, eles a deixaram viver.